A Prefeitura de Jaú confirma que algumas pessoas receberam a primeira dose da vacina contra a Covid-19, mas foram impedidas de tomar a segunda, que completaria a imunização. De acordo com a Vigilância Epidemiológica, são profissionais ligados à saúde, que tiveram a vacinação autorizada num primeiro momento, mas esse direito foi negado logo em seguida.
A confirmação veio por meio de um requerimento assinado pelo vereador Luizinho Andretto, porém, a pasta não informa quantos casos como esse aconteceram. “Quando abriu o primeiro grupo, lá no começo da vacinação, profissionais como de call center de hospital, podólogos e massoterapeutas, puderam tomar a vacina, mas a própria regional (de saúde – DRS) pediu para que parasse, porque não teria como cobrir toda essa demanda”, afirmou Gisele Conte Garmes, uma das coordenadoras da Vigilância Epidemiológica.
Ainda segundo ela, há uma cartilha a ser seguida e um embasamento na medida adotada. “Não há perda da primeira dose. Ela tem seu efeito e, num momento oportuno, será feita a segunda dose e vai conseguir completar o ciclo da vacina”, garante.
Vacinação sob suspeita
Com várias irregularidades apontadas na lista de vacinados ao longo das últimas semanas, Luizinho Andretto propôs a criação de uma Comissão Especial de Inquérito, com o objetivo de fazer uma apuração aprofundada. A abertura dessa CEI dependia do apoio de seis vereadores, mas apenas quatro assinaram o documento, além do próprio autor: Fábio Souza, Paulo Gambarini, José Carlos Borgo e Mateus Turini.
“Quero deixar claro que continuo com os questionamentos. A CEI não ‘vingou’, mas a investigação não acabou”, declarou Andretto, por meio das redes sociais. De acordo com ele, a vacinação deve entrar nos assuntos que já estão sendo apurados por uma outra Comissão, a que investiga o uso das verbas destinadas à Covid e que está em andamento há mais de um mês. Segundo ele, o assunto das vacinas é daqueles em que “quanto mais mexe, mais fede”.