O secretário municipal de Cultura e Turismo de Jaú, Mauriney Eduardo Vilela, enviou a sua carta de exoneração na tarde desta segunda-feira, 11. O professor e pesquisador ficou menos de duas semanas no cargo e representa a primeira baixa no governo Ivan Cassaro. A pressão política exercida sobre ele nas últimas semanas teria sido determinante para sua saída.
Em entrevista exclusiva ao DDJ, o Presidente da Academia Jahuense de Letras relatou que precisa de liberdade para trabalhar. “Eu sou uma pessoa com convicções, com história de trabalho, tenho um ritmo para executar meus projetos. O prefeito não conseguiu me garantir essa liberdade, assim, se permanecesse no cargo, nós – eu e Ivan – estaríamos sempre em atrito”, disse Ney Vilela.
Para vereadores próximos a Cassaro, a exoneração do secretário de Cultura e Turismo causou surpresa, afinal, havia reuniões pré-agendadas com Vilela para os próximos dias. Porém, nos bastidores da política jauense não há dúvidas: denúncias de assédio registradas contra o professor pesaram para a decisão, que teria sido tomada em comum acordo com o prefeito.
Há quase cinco anos, Ney Vilela passou a ser investigado pela Delegacia de Defesa da Mulher após denúncias apresentadas por funcionárias da FESC (Fundação Educacional de São Carlos). À época, o denunciado era presidente da instituição e foi exonerado da função pelo então prefeito Paulo Altomani. Nos últimos dias, o caso voltou a circular na internet e em grupos de Whatsapp. Desde o início, Vilela negou a prática de assédio sexual.
Ainda não há informações sobre quem assumirá o comando da secretaria de Cultura e Turismo a partir de agora.