“A família tem convicção de que aconteceu um crime e o Betinho precisa que essa história seja esclarecida”. A fala é da advogada Daniela Rodrigueiro, que representa a família de Betinho Padrenosso, músico jauense morto na segunda-feira (08/11). O caso está sendo apurado em segredo de justiça pela Polícia Civil de Jaú e a coleta de provas passa pela busca por testemunhas que teriam visto as agressões contra a vítima.
“O que precisamos é de pessoas que possam ter registrado esses fatos. As informações seguras são de que os fatos se iniciaram em Jaú, subindo a avenida Isaltino do Amaral Carvalho, esquina de trás do Jaú Shopping. A gente sabe que muitas pessoas que passaram pelo local filmaram ou fotografaram. Nós precisamos desses registros para que possamos esclarecer os fatos”, solicita a advogada.
A irmã de Betinho teria procurado uma clínica de reabilitação em Valinhos, na região de Campinas, para internação voluntária dele. Contudo, um grupo enviado pela instituição chegou logo cedo à casa dele, que foi obrigado a entrar no carro. A versão apresentada pelos acusados foi de que o músico tentou se atirar do veículo, por isso foi contido com uso de força e amarrado.
Essa versão é descartada pela advogada, já que as apurações apontam para um homicídio: a vítima teria sido agredida até a morte. “Betinho era um menino apaixonado pela vida. Uma alma livre, limpa, aberta, transparente, que exala amor. Ele jamais fez ou faria algo contra qualquer vida. Ele amava a natureza, os animais e as pessoas; nunca teria feito nada contra sua própria vida”, diz Daniela Rodrigueiro. Quando chegou a Valinhos, Betinho foi levado à UPA, onde o óbito foi constatado e o policiamento acionado.
O que se sabe é que a irmã do músico já relatou a sua versão à polícia, que coletou mensagens de Whatsapp trocadas entre ela e a clínica. A instituição nega ter relação com os rapazes suspeitos de homicídio. Além da tentativa de coletar imagens das agressões, a investigação também levará a irmã para fazer o reconhecimento dos dois detidos.