A professora Cristiane Banhol, que foi demitida pela Prefeitura de Jaú no final de agosto, teve pedido de liminar indeferido pela justiça. A ex-servidora municipal foi demitida pelo executivo no final de agosto, após a reabertura de um processo de sindicância que apurava a conduta dela durante protestos realizados no ano passado. Contudo, ela ingressou também com recurso interno na própria Prefeitura e aguarda o trâmite legal com otimismo, a espera da readmissão.
Durante 16 anos, Cris Banhol trabalhou como professora na educação básica, com carga de 60 aulas semanais. De acordo com pessoas próximas, não há reclamações sobre o trabalho desempenhado por ela ao longo desse período. Mesmo assim, a Prefeitura decidiu investigá-la, com abertura de uma sindicância, ainda na gestão do ex-prefeito Rafael Agostini.
O alvo da apuração eram manifestações feitas pela professora pela falta de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) para servidores municipais que trabalhavam no enfrentamento à pandemia. Os detalhes desse processo não são divulgados. Depois de cumprir uma penalidade de 15 dias de suspensão, retornou às escolas. Porém, a sindicância foi reaberta pelo governo Ivan Cassaro e determinou sua demissão no final de agosto.
No mês passado, manifestantes que apoiam Cris Banhol foram até a Câmara Municipal e pediram apoio à causa. O vereador Mateus Turini propôs e conseguiu aprovação para convocar o secretário de Governo, Paulo Ivo, para prestar esclarecimentos públicos sobre a demissão. Só que esse depoimento nunca aconteceu, já que acabou sendo barrado pelos vereadores que apoiam Cassaro no Legislativo.
A defesa da professora decidiu, então, agir em duas frentes: na justiça comum, o pedido de liminar para reintegração imediata ao quadro de servidores foi negado; na própria Prefeitura, um recurso está tramitando internamente. A ex-servidora está otimista quanto aos recursos apresentados, mas enfrenta dificuldades financeiras. Amigos estão se organizando para ajudar financeiramente até que tudo se resolva.