Há 15 dias, a morte trágica do vendedor ambulante Paulo Sergio Ananias, de 49 anos, causou perplexidade em Jaú. Enquanto caminhava por uma calçada da rua Amaral Gurgel, a vítima foi atingida pelo desabamento parcial de um muro da antiga Massas Mazzei. Após duas semanas, porém, informações controversas ainda não foram esclarecidas e a via segue interditada, trazendo transtornos a comerciantes e motoristas.
No dia em que tudo aconteceu, o secretário de Mobilidade Urbana, Márcio Almeida, chegou a dizer que ali existia uma obra particular embargada e que, portanto, estaria em situação irregular. Também garantiu que o restante da parede seria derrubado. Contudo, a Prefeitura apenas se manifestou por meio de nota, dizendo que “os proprietários do prédio haviam dado entrada em processo solicitando autorização para reforma, que ainda não havia sido autorizada”. Até agora, o que sobrou do muro segue de pé, sem alteração.
Logo na sequência, a advogada Daniela Rodrigueiro, que representa os proprietários, alegou que não havia obra naquele espaço, lamentou o ocorrido, prometeu assistência à família da vítima e anunciou que seriam tomadas providências. Nesta sexta-feira (08/10), um irmão de Paulo Sergio confirmou que a família foi procurada, mas que ainda não há um acordo. Além disso, a Polícia Civil abriu um inquérito criminal para apurar as responsabilidades pela morte.
E a Prefeitura?
Mesmo com uma rua central interditada há duas semanas, a Prefeitura de Jaú se nega a falar sobre o assunto. Afinal, quando o restante do prédio será demolido e a via estará novamente liberada ao tráfego de veículos? Comerciantes da região estão revoltados com os prejuízos. Além disso, motoristas reclamam do aumento do trajeto. Duas famílias que moram nas proximidades permanecem em suas casas, embora seja uma área de risco.