“As notícias são muito boas”. A voz animada ao telefone é de Gustavo Silva, jauense diagnosticado com um câncer agressivo e que mobilizou a solidariedade para viabilizar o tratamento. Após uma cirurgia e a primeira aplicação da imunoterapia, o prognóstico se mostrou positivo e encheu o paciente de esperança.
Tudo começou há alguns meses, com a descoberta de um nódulo no pescoço, que foi diagnosticado como uma metástase causada por melanoma. Os primeiros exames foram realizados e a equipe médica recomendou um tratamento, que envolve uma cirurgia e o uso de imunoterapia.
De acordo com Gustavo, “a cirurgia foi um sucesso”. O paciente relata que três médicos acompanharam o procedimento. “Quando abriram, viram que a reação da imuno foi excelente, o corpo reagiu muito bem. De lá pra cá, saíram os resultados dos exames e já apontou que nenhum dos linfomodos retirados possui células cancerígenas”.
Luta por tratamento
Assim que a doença foi descoberta, em janeiro, teve início uma corrida contra o tempo: o tratamento poderia custar até R$300 mil. De imediato, amigos e familiares deram início à uma “vaquinha virtual”, para arrecadação do dinheiro necessário. Ao todo, a contribuição somou aproximadamente R$163 mil.
Contudo, enquanto a campanha solidária estava em andamento e ganhava as redes sociais, Gustavo conquistou uma liminar na justiça, que obrigou o SUS a custear o tratamento. Nos dias seguintes, já foram liberadas as primeiras doses da imunoterapia. O dinheiro arrecadado, portanto, está sendo utilizado para a realização de exames, pagamento de viagens e compra de medicamentos. O paciente mantém a intenção de doar o excedente para uma entidade que esteja precisando.
Acompanhamento
Os bons resultados podem evitar novas doses do tratamento com imunoterapia, o que será avaliado pela equipe médica nos próximos dias. Depois que tirar os pontos da cirurgia, Gustavo ainda manterá acompanhamento mensal, com consultas que serão espaçadas gradativamente até que seja considerado curado.