Após mobilização social, com apoio de associações de todo o país, a Prefeitura de Jaú publicou a reintegração da professora Cristiane Banhol ao quadro de servidores. A profissional, que atuava há 16 anos na rede básica de ensino, havia sido exonerada em agosto deste ano, com a reabertura de um processo administrativo que estava encerrado desde o final de 2020.
O município nunca divulgou detalhes da sindicância, mas a professora chegou a suspeitar ter sido vítima de perseguição política. No ano passado, denunciou a falta de EPIs para os servidores da saúde que trabalhavam no enfrentamento à pandemia e se lançou candidata à prefeita. Em 2021, esteve a frente de manifestações locais contra o presidente Jair Bolsonaro.
Ainda na gestão do ex-prefeito Rafael Agostini, ficou acertada uma punição a ela, com 15 dias de suspensão das atividades. Contudo, já no governo Ivan Cassaro, o processo foi reaberto e a decisão foi pela exoneração. Desde então, movimentos sociais e servidores municipais fazem pressão pelas redes sociais e organizam protestos na própria Prefeitura.
Agora, a reintegração foi publicada no Diário Oficial e a professora deve participar da atribuição de aulas para 2022 nesta segunda-feira (20/12). “Não tivemos acesso à íntegra do processo até o momento, mas a princípio, a Prefeitura corrige a rota. Isso é uma decisão muito importante para o fortalecimento da democracia. É uma decisão importante não só para a professora Cristiane, mas para os trabalhadores do serviço público, que têm reconhecido o direito de exercer democraticamente suas opiniões”, reforça o advogado de Cris Banhol, Waldemir Soares.