A obra de contenção de alagamentos na região do Jardim São Crispim, em Jaú, foi retomada após renegociação entre Prefeitura e a empresa responsável pelo serviço. A terceirizada alegou aumento de custos com materiais, como ferro e cimento, e pediu um aumento no valor final do trabalho: aos R$3,1 milhões contratados somam-se agora mais R$1,1 milhão.
“A gente tem consciência de que os materiais, como cimento e ferro, subiram bastante. A empresa não conseguiu tocar a obra. Então, dentro do contrato, ela pediu reequilíbrio fiscal”, justificou o secretário de Mobilidade Urbana e Projetos, Márcio Almeida. Até agora, a instalação das galerias para captação de água pluvial saiu do Lago do Silvério e percorreu cerca de 100 metros dentro do Condomínio Villa Real.
Na sequência, há mais 150 metros até chegar ao muro que separa o residencial e o São Crispim. Somente depois disso é que a tubulação será colocada no bairro. O secretário mantém a previsão de conclusão para a segunda semana de outubro. O temor dos moradores é de que o serviço não seja finalizado antes do próximo período chuvoso, o que pode colocar muitas casas e famílias em risco.
Outros bairros
A Prefeitura mantém um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com o Ministério Público, que a obriga a fazer obras para captação de água da chuva em aproximadamente 20 bairros. O prazo para a execução foi prorrogado várias vezes e poucos locais foram atendidos até agora, como a região do Santa Helena e Jardim Sanzovo.
Questionado sobre como o executivo vai dar sequência a essa instalação de galerias, Márcio Almeida garantiu que as obras são uma prioridade para o governo, mas não soube explicar quanto isso tudo custará e como será pago. “Estamos investindo na base, reformando máquinas. Estamos também em busca de máquinas novas, porque todo serviço terceirizado se torna caro para o município”, limitou-se a dizer.