O incêndio que cobriu Jaú de fumaça no último final de semana deixou rastro de destruição em uma área de aproximadamente um milhão de metros quadrados, com base em estimativa do secretário municipal do Meio Ambiente, Amilcar de Souza, o Cecéu. O fogo destruiu um canavial, nas proximidades de Bocaina, mas também atingiu uma área de preservação permanente (APP), onde animais silvestres foram mortos.
A APP do Córrego da Onça abriga veados, tatus, tamanduás, macacos e aves, como canários-da-terra, pica-paus e sabiás, dentre outras. O ambientalista e secretário acredita que a biodiversidade do local tenha sido duramente afetada – pelo menos 50% da área tenham sido atingidos. O curso d’água nasce em Bocaina e deságua no Pouso Alegre de Baixo.
Linha de trem
No domingo, as equipes da Prefeitura de Jaú foram acionadas para dar apoio no combate a um incêndio de grandes proporções às margens da Vicinal José Maria Verdini, entre Jaú e Potunduva, próximo à linha férrea. Caminhões-pipa do município têm auxiliado o Corpo de Bombeiros, diante do grande número de chamados.
De acordo com o secretário de Mobilidade Urbana, Márcio Almeida, um agricultor da região disponibilizou um caminhão adicional e um ponto para abastecimento de água. A fumaça provocada pelo fogo chegou a causar a interdição da estrada, já que a visibilidade ficou comprometida.
Ainda de acordo com Almeida, dormentes da malha ferroviária ficaram comprometidos, o que exigiu que a empresa Rumo Logística fosse acionada – é a responsável pelo gerenciamento da linha.
Campanha Fogo-Zero
Em março a Secretaria de Meio Ambiente (SEMEIA) lançou a Campanha “Fogo Zero”. O objetivo é diminuir drasticamente o número de queimadas no município. Registros oficiais apontam ocorrência de 400 (quatrocentos) incêndios em Jahu no ano passado (2020) – considerando zonas urbana e rural.