O “climão” tomou conta da Câmara de Jaú na última sessão, quando quatro vereadores decidiram se abster da votação que confirmaria a aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). O grupo de oposição, formado por Fábio Souza, José Carlos Borgo, Luizinho Andretto e Mateus Turini, queria a anulação da primeira votação da matéria, ocorrida uma semana antes.
Naquela ocasião, o presidente da Casa, João Brandão, repetiu por três vezes a pergunta aos vereadores sobre os que eram contrários ou favoráveis à manutenção das emendas, que destinariam recursos do orçamento a setores como construção de creche e posto de saúde, além de obras de infraestrutura, recuperação asfáltica e reforma do patrimônio público. Apenas na terceira tentativa, o resultado foi aceito.
“A votação da LDO na última sessão foi bizarra. Quem acompanhou pode ver que foram necessárias três intervenções da presidência da Câmara para sair um resultado, que acabou sendo favorável ao governo. Por isso, hoje votei contra a Ata da Sessão anterior e, na segunda votação do projeto da LDO, optei por me abster de votar”, se posiciona Andretto.
Os oposicionistas apresentaram um ofício ao presidente, solicitando a anulação da primeira votação, mas nenhuma resposta foi apresentada formalmente até agora. Em meio aos protestos, Brandão justificou que houve problemas com a internet na sessão anterior (os encontros são online) e que, por isso, acabou sendo necessário “checar” a votação com os colegas.
Diante dessa situação, o quarteto decidiu desligar as câmeras no momento da votação. Sendo assim, não foram favoráveis ou contrários à LDO, mas se abstiveram de votar. “Estou em dúvida com relação à semana passada e não posso concordar com o que aconteceu”, afirmou Borgo. Já Turini, ressaltou que não faria sentido votar, já que precisava “manter uma coerência”.
Com as quatro abstenções, o projeto da LDO foi aprovado por unanimidade em segunda votação – e sem emendas, por opção da base governista.