Em uma operação que teve início no ano passado e terminou nesta quinta-feira (14/04), a Polícia Civil desmantelou um esquema “luxuoso” do tráfico de drogas, em Jaú. Dois casais são apontados como os responsáveis pela venda de entorpecentes, principalmente drogas sintéticas, em festas frequentadas por pessoas de alto poder aquisitivo. O grupo costumava ostentar carros e viagens nas redes sociais.
O trabalho da DISE (Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes) foi comandado pelo delegado Marcelo Tomaz Góes. A operação recebeu o nome de “Candy Shop”, já que os envolvidos se referiam às drogas como “doces” e “balas”. Entre os produtos ilícitos comercializados pelo bando, estão ecstasy, LSD e outras formas de metanfetaminas, conhecidas como MD e Cristal.
Dois casais
As investigações apontaram que o grupo era liderado pelo casal D.G.B., de 34 anos, e sua companheira, L.J.P., de 24 anos. O rapaz chegou a ser detido em dezembro de 2021, depois que a polícia apreendeu cigarros eletrônicos em sua casa. Acusado de contrabando, ele foi colocado em liberdade provisória pela Polícia Federal, mas continuou atuando na clandestinidade. Dessa vez, ambos acabaram presos em flagrante.
“Eles eram os principais responsáveis pela distribuição de drogas, especialmente em festas que frequentavam, as quais eram mostradas em suas redes sociais. Ostentavam um alto padrão desses eventos e da vida que levavam, tudo custeado pelo tráfico de drogas, inclusive a utilização e comercialização de carros de luxo”, ressalta o delegado. Na residência do casal, uma BMW foi encontrada, além de R$26 mil, obtidos por meio do tráfico.
O tráfico era realizado em parceria com o casal W.V., de 34 anos, que já teve a prisão solicitada à justiça, mas ainda não foi encontrado, e K.T.D.F., 35 anos, detida ontem. “Também se apurou que eram altos os valores das substâncias comercializadas. No caso, o grama da metanfetamina chegou a ser negociado pelos investigados a R$ 250. Sem falar no preço alto dos comprimidos de ecstasy: em média R$50,00 cada”, revela Góes.