Quase uma semana depois que surgiram as primeiras denúncias sobre falta de repasses da Prefeitura de Jaú para a Santa Casa, o dinheiro começou a cair na conta. De acordo com o provedor do hospital, Alcides Bernardi Júnior, um total de R$300 mil foram depositados pelo município nesta segunda-feira (27/09). Contudo, outros R$2 milhões e 133 mil ainda são esperados pela instituição.
Os R$300 mil são referentes ao convênio para manutenção do pronto-socorro. A cada mês, a Prefeitura deve pagar pouco mais de R$2 milhões pelo serviço, mas estava devendo R$150 mil de junho e o mesmo valor de julho. A partir de agora, essa pendência está solucionada.
O vereador José Carlos Borgo, que trouxe a denúncia a público na semana passada, comemorou por meio de um vídeo postado nas redes sociais. “Quero ressaltar aqui a importância da participação popular e da imprensa, fazendo com que o poder público cumpra sempre com seus compromissos”. Na última sessão da Câmara, os vereadores Borgo, Luizinho Andretto, Mateus Turini e Fábio Souza apresentaram um requerimento, solicitando informações sobre as verbas repassadas ao hospital.
Uma outra verba, de R$1 milhão e 200 mil também está pendente, de acordo com a direção da Santa Casa. O dinheiro está na conta da Prefeitura desde 31 de agosto, encaminhado pela bancada paulista na Câmara dos Deputados. O município solicitou agora que a instituição apresente um plano de trabalho, para depois liberar o recurso, o que deve ocorrer nos próximos dias.
O restante do dinheiro compreende um total de R$933 mil, que teriam sido encaminhados para custeio de atendimento Covid-19. Nesse caso, o provedor considera desnecessário o plano de trabalho, mas apresentou o documento à Prefeitura. De qualquer maneira, outros hospitais estão com o mesmo entrave em várias cidades. A expectativa é de que a Associação dos Hospitais Filantrópicos encaminhe ofícios aos municípios, para que liberam o recurso o mais rapidamente possível.