Um projeto que dificulta a extinção de Comissões Especiais de Inquérito (CEIs) na Câmara Municipal de Jaú foi aprovado por unanimidade na última sessão (08/03). Os vereadores relembraram a CEI de Potunduva, que há três anos foi declarada encerrada antes mesmo do início formal dos trabalhos. Durante os comentários, o vereador Tito Coló Neto chamou de “estrume” um ex-colega legislador.
Com base no texto aprovado, “se a Comissão não se instalar e iniciar seus trabalhos dentro do prazo máximo de 15 dias, serão nomeados novos membros, sem prejuízo da apuração de infração ética”. Antes desse projeto, era necessário que a CEI fosse oficialmente instalada dentro de 15 dias.
Em fevereiro de 2018, depois da aprovação de uma Comissão de Inquérito que deveria apurar denúncias de irregularidades envolvendo a Subprefeitura do Distrito de Potunduva, a investigação foi cancelada por falta de quórum logo na primeira sessão, que seria de “instalação”.
Saia justa
Durante a discussão do projeto, Maurílio Moretti lembrou o caso de Potunduva e cobrou que isso não volte a acontecer. “Vereadores correram da CEI. Tem vereador que foi à rede social essa semana dizendo que queria participar da CEI. Nunca vi uma raposa tomando conta do galinheiro”, esbravejou.
Dentre os atuais vereadores, Tito Coló Neto era um dos integrantes da Comissão e foi um dos que não compareceu à primeira sessão, abrindo margem para a extinção da CEI. “Acabou por causa do conluio do ano passado. Vocês tinham um time organizado. Chamamos aquele estrume de presidente pra falar sobre a minha viagem”, disparou o vereador. Ele alega que avisou o então presidente da CEI, Denilson da Vistoria, sobre a viagem que faria a São Paulo, mas não teria sido orientado a desmarcar para evitar o problema.
Outros membros da investigação que não compareceram naquela ocasião: José Mineiro de Camargo alegou motivos profissionais; Vivian Soares e Fábio de Souza estava em viagem a Brasília.