A votação do projeto que prevê a extinção do IPMJ foi adiada novamente nesta segunda-feira (23/08), após pedido feito pelo vereador Luís Henrique Chupeta. Pressionados pelos mais de 200 beneficiários que ficariam sem atendimento e sem chegar a um consenso sobre o tema na base governista, o presidente da Câmara Municipal, João Brandão, deixou claro o descontentamento com o desgaste político que a votação traz para os vereadores.
“Muitos tentaram arrumar soluções. Muitos estão sofrendo nas ruas e redes sociais, até ameaças, como eu sofri. Nós fomos eleitos para fazer a justiça e não foi o promotor que recebeu o voto do povo. Fomos nós”, disparou Brandão, já que a extinção do Instituto de Previdência do Município de Jaú foi uma orientação do Ministério Público. “Não passa da próxima sessão”, pontuou, mas já havia dado a mesma garantia na sessão passada.
Durante a Ordem do Dia, quando foi aberto o espaço para manifestação dos vereadores sobre o projeto, Chupeta pediu a palavra, disse que foi procurado pelo vice-prefeito Tuco Bauab e que são necessárias mais reuniões para tratar do IPMJ. O detalhe é que o assunto já foi abordado em vários encontros recentes entre parlamentares, mas sem que se chegasse a um consenso.
Base governista rachada?
Ao final de sua fala, João Brandão deixou transparecer descontentamento com a Prefeitura e o prefeito Ivan Cassaro. Para ele, é necessário que o poder executivo assuma a responsabilidade sobre o projeto, para que o peso não fique todo sobre a Câmara. “Gostaríamos que o nosso poder executivo, através da sua secretaria de Comunicação, entrasse em ação. O nosso prefeito precisa dar uma entrevista coletiva essa semana, o mais urgente possível, e mostrar (para a população) o que o promotor exige”, finalizou.