O vídeo no qual uma mulher chama o McDonald’s de comunista e que viralizou na internet nos últimos dias foi gravado na unidade da rede de fast food instalada na avenida Nações Unidas, em Bauru. Os banheiros do estabelecimento agora são “individuais multigênero”, ou seja, podem ser utilizados por todas as pessoas, sem divisão de homem e mulher. Na internet, as reações ocorreram em todos os sentidos e o assunto chegou aos Trending Topics do Twitter no Brasil, ou seja, ficou entre os mais comentados.
De um lado, há quem defenda que a iniciativa traz maior inclusão e aceitação da diversidade. Ao portal G1, o McDonald’s informou que “adotou cabines individuais e de uso independente para que todas as pessoas se sintam bem-vindas e possam utilizá-las com conforto e privacidade”.
Por outro lado, a loja foi alvo de ataques na internet, com comentários sobre ideologia de gênero e a influência que isso poderia ter nas crianças. Autoridades também se manifestaram, como o vereador Serginho Brum. “Daqui a pouco vira moda isso daí e nossas mulheres e crianças vão ser obrigadas a dividir o banheiro com homens, todos misturados”, disse em vídeo. Já o vereador Eduardo Borgo, pretende elaborar um projeto de lei proibindo banheiros desse tipo em locais públicos.
A Prefeitura de Bauru, por sua vez, notificou o McDonald’s, porque a loja estaria violando o Código Sanitário do Município. O documento determina que os “sanitários devem ser separados e identificados para cada sexo”. O estabelecimento agora tem um prazo de 15 dias para recorrer e evitar uma multa ou interdição.
Sobre o vídeo que originou toda a repercussão sobre o tema, a mulher não se identifica, mas diz que precisa acabar com “esse comunismo” e convoca autoridades a agirem contra os banheiros multigênero. Veja abaixo: