O susto com a notícia foi inevitável: Gustavo Silva foi diagnosticado com um câncer agressivo e de difícil tratamento. O momento seguinte foi de buscar viabilizar medicamentos e cirurgias necessários. As últimas semanas foram de batalha judicial e solidariedade até reunir as condições financeiras para a primeira etapa do tratamento, que pode custar quase R$300 mil.
O jauense estava prestes a se tornar pai quando notou um nódulo no pescoço. Após a realização de uma biópsia, foi constatado se tratar de uma metástase por melanoma. Mas o que teria causado esse quadro? A equipe médica decidiu revisar lâminas de três pintas de Gustavo, retiradas há mais de quatro anos. À época, nada de diferente foi notado, mas nessa revisão foi identificado o melanoma.
O tratamento necessário nesses casos é a imunoterapia, com grandes chances de cura, desde que iniciado rapidamente. O problema é que o procedimento não é realizado pelo Hospital Amaral Carvalho via SUS e o preço é extremamente alto.
“Vakinha virtual” e decisão da justiça
Diante dessa situação, a família e amigos se mobilizaram para ajudar e criaram uma página para captar doações: http://vaka.me/1715212. Em poucas horas, a arrecadação já batia na casa dos R$122 mil. As doações foram feitas por 1248 pessoas diferentes. “Esse carinho do pessoal é muito legal pra mim; está dando muita força. É demais!”, agradece Gustavo.
Paralelamente a isso, o paciente ingressou com pedido de liminar na justiça, para forçar o SUS a custear o tratamento. Foram três ações indeferidas, até que a justiça autorizou, nesta quarta-feira (20/01), a liberação das duas primeiras doses (R$64 mil cada uma).
Tratamento já vai começar
Os medicamentos devem chegar até a próxima segunda-feira. A partir daí, é necessário fazer uma aplicação e aguardar um intervalo de 21 dias; nova aplicação e outro espaço igual, para observar a reação do corpo. A partir daí, a equipe médica poderá realizar a cirurgia necessária, que pode custar até R$150 mil.
São necessários exames, viagens e medicamentos, que serão custeados com o dinheiro arrecadado até agora pela “vakinha virtual”. “Se no final desses ciclos e da cirurgia ainda houver algum resquício, alguma célula cancerígena, vou ter que tomar o medicamento por mais um ano mais ou menos, sempre em intervalos de 21 dias”, explica Gustavo.
Contudo, ele está otimista e já pensa em multiplicar esse ciclo de solidariedade: “caso sobre dinheiro, é lógico que vamos montar uma campanha e fazer uma doação. A gente quer uma entidade que esteja nessa mesma situação e será repassado”.