A professora da rede municipal de ensino, Cristiane Banhol, foi exonerada pela Prefeitura de Jaú. Uma sindicância (processo interno de apuração sobre a atuação dos servidores) estava em andamento desde o ano passado, quando ela denunciou a falta de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) para os profissionais que estavam na linha de frente do combate à pandemia.
A Prefeitura se nega a comentar o assunto e diz ser impedida legalmente de fornecer qualquer informação sobre o procedimento. Porém, Cristiane suspeita ter sido vítima de perseguição de política, já que se lançou candidata à prefeita nas últimas eleições. No primeiro semestre de 2020, quando as denúncias foram feitas, a professora ocupava a presidência da Associação Luta, órgão que representa informalmente os servidores municipais.
Arquivamento
A professora chegou a ser exonerada ainda na gestão do ex-prefeito Rafael Agostini, mas recorreu, foi reincorporada ao quadro de servidores, e a punição foi convertida em apenas 15 dias de suspensão. No entanto, ao longo desse ano, o documento deixou as gavetas e voltou a ser analisado: Cristiane aponta que a determinação para isso foi de assessores do governo Ivan Cassaro.
Na última segunda-feira (30/08), data de seu aniversário, deu aulas normalmente e foi informada sobre a exoneração logo após o expediente. Por telefone, foi avisada de que já não deveria estar ocupando o cargo desde o dia 25. A servidora deve procurar agora a justiça para tentar reverter a decisão.