O professor Ricardo Luís Nicola foi encontrado morto na manhã desta quarta-feira (17/03), em Jaú. O corpo, que apresentava marcas de agressões e facadas, estava dentro da casa onde o jauense morava, localizada no Jardim Parati. De acordo com a Polícia Militar, a família não conseguia contato com ele e um parente foi até o local para ver o que havia acontecido: se deparou com Nicola já sem vida. Pelas redes sociais, ex-alunos manifestaram consternação e prestaram homenagens.
A principal suspeita é de latrocínio, ou seja, roubo seguido de morte. A brutalidade identificada na cena do crime surpreendeu até mesmo os policiais que prestaram atendimento à ocorrência. O carro da vítima foi levado e não há qualquer indício de quem teria tirado a vida do professor; não foram identificadas marcas de arrombamento. As imagens gravadas pelo sistema de monitoramento de uma casa que fica em frente serão utilizadas na investigação.
As gravações estão em poder da Polícia Civil e mostram as últimas movimentações antes da morte de Nicola. O carro da vítima entrou na garagem às 21h37 de ontem e deixou o local às 02h16 da manhã de hoje. O policiamento não acredita que tenham sido feitos disparos de arma de fogo. O corpo foi encaminhado ao IML, que deve elaborar laudo com o número total de perfurações.
Acadêmico respeitado
Desde 1996, Ricardo Nicola trabalhava como professor de comunicação na Unesp-Bauru, onde se formou em 1989. Com vida acadêmica intensa, se tornou Mestre em Comunicação pela mesma universidade e concluiu o Doutorado em Multimeios pelo Instituto de Artes da Unicamp. Além disso, possui Pós-doutorado pela Universidade de Toronto. Atualmente, integrava o Departamento de Comunicação Social da Unesp na função de professor assistente doutor.
Homenagens
Assim que a informação foi confirmada, amigos, familiares e ex-alunos do professor passaram a postar mensagens nas redes sociais. A jornalista Bruna Mano prestou homenagem: “tive o previlégio de ter aulas com o professor Ricardo Nicola e ser orientada por ele no meu projeto de conclusão de curso de jornalismo na Unesp. Além do lado profissional, uma pessoa sempre muito carinhosa, atenciosa e prestativa”.
Outra mensagem, postada por Tamara Guaraldo, também demonstra o carinho por ele. “Meu amigo, me custa acreditar na crueldade de nossos tempos. Estou em prantos. Você foi meu professor e depois meu colega de trabalho, dividimos a sala. Sempre me apoiou e me valorizou como profissional, fará muita falta pra nós e nosso departamento, que vai ficar com um vazio imenso. Me despeço triste, mas na certeza de que você viveu de forma plena e digna por onde passou. Meus sentimentos à família”.