Criado há pouco mais de cinco meses, o Centro de Combate à Covid-19, mantido pelo Hospital Amaral Carvalho (HAC), em Jaú, será fechado. O encerramento das atividades está marcado para o dia 31 de agosto, já que o contrato de prestação de serviços, firmado com o Governo do Estado, não deve ser renovado.
O motivo, de acordo com o HAC, é a queda registrado no número de pacientes infectados pelo coronavírus. O hospital de campanha está sem pacientes há mais de uma semana. Ao longo de todo o período, mais de 250 pessoas foram atendidas no local, vindas de 68 cidades do interior paulista.
“Observamos na nossa região e no Estado uma queda bastante acentuada dos casos. Nesse momento, as próprias cidades estão conseguindo atender os seus pacientes e não está faltando vaga para ninguém que precisa”, explica João Gabriel Soares de Campos, gerente médico do Amaral Carvalho.
O médico ressalta ainda que o balanço dos meses de atendimento foi bastante positivo. “Nossa expertise é oncologia, mas tratamos muito bem a Covid, com altas taxas de sucesso. A satisfação de ver as pessoas saindo daqui é muito grande”, comemora João Gabriel.
Com o encerramento das atividades do Centro de Combate à COVID-19, o Hospital Amaral Carvalho passará a atender pacientes que contraíram o coronavírus em sua unidade principal. Atualmente, cinco pacientes ainda se recuperam da doença na ala de isolamento da UTI.
Estrutura em tempo recorde
Em praticamente um mês, o Hospital Amaral Carvalho reformou um dos pavilhões da Unidade Ana Maria França Ferraz, construiu 39 leitos, sendo 29 de enfermaria e dez para tratamento semi-intensivo. Planejou e montou toda a estrutura dos serviços de apoio para atendimento às vítimas da COVID-19, como consultórios, laboratórios, sala de exames e farmácia. Mais de 100 funcionários foram treinados para dar suporte integral aos pacientes 24 horas.
Após a finalização do serviço, o local será readequado. Nesse momento, o almoxarifado do Hospital Amaral Carvalho está sendo transferido para um dos pavilhões e será criado um centro para tratamento oncológico. “A estrutura não será desativada, vai continuar com atendimento a pacientes, só que na nossa área de atuação, que é oncologia”, explica o gerente médico.