Com quatro hospitais de relevância regional e até nacional, o setor da saúde tem se mostrado a nova mola da economia jauense. Na série especial que comemora os 168 anos da cidade, o DDJ apresenta um raio-x dessa área, que tem sido alento para muitos trabalhadores.
Juntos, os quatro hospitais de Jaú, somados às clínicas particulares, geram mais de quatro mil empregos diretos. Esse número representa cerca de 10% da população economicamente ativa no município (um total de 43 mil pessoas, conforme dados do IBGE, obtidos em 2019).

O provedor da Santa Casa de Jaú, Alcides Bernardi Junior, acredita que a cidade está consolidada como centro médico e a tendência é de que essa realidade apenas se amplie nos próximos anos. Devem surgir novas unidades especializadas, que vão se somar ao tratamento oncológico (Amaral Carvalho), psiquiátrico (Thereza Perlatti) e clínico geral de referência em urgência e emergência (Santa Casa e mais recentemente Unimed).
A Santa Casa está pronta para receber e tratar a especialidade cardíaca. Possui equipamento, centro de tratamento e profissionais altamente especializados. “Estamos aguardando apenas firmar convênio oficial com o Estado, para darmos andamento a esse projeto. É uma questão de tempo”, diz.
“O fortalecimento do setor clinico remonta à era de ouro do café”, comenta o provedor. Havia muito dinheiro e os fazendeiros e ricos comerciantes da época investiram para que a Santa Casa se tornasse um polo médico para toda a região. Como havia recursos, o processo se estendeu e a entidade não parou mais de crescer e a desenvolver novas especialidades.
“Mesmo o setor privado, está colaborando com isso. Quantas clínicas há em Jaú, hoje? São muitas. Cada uma delas atrai a atenção de outros profissionais que já têm aqui o público de que necessitam, os pacientes. E novos investimentos atraem outros investimentos. É uma lógica da própria necessidade da região”, afirma Bernardi Junior.
Com relação ao Amaral Carvalho, o hospital já é o segundo maior empregador do município, atrás apenas da Prefeitura. Referência no atendimento oncológico, o local completou recentemente 25 anos do Centro de Transplante de Medula Óssea, com mais de 3,7 mil transplantes realizados – é considerado o maior transplantador de medula do Hemisfério Sul.
Mas a economia de uma cidade não sobrevive apenas com um setor. Afinal de contas, quais os caminhos para gerar mais empregos e renda? É assunto para a próxima reportagem do especial Jaú, 168 anos.