O projeto que prevê a extinção do IPMJ (Instituto de Previdência do Município de Jaú) deve ser votado na próxima segunda-feira (23/08). Essa é a previsão do do presidente da Câmara, João Brandão do Amaral, que retirou o documento da sessão de hoje após pedido dos próprios colegas parlamentares.
O tema é considerado um dos mais delicados da atual legislatura, já que a aprovação foi recomendada pelo Ministério Público, com base em pareceres do Tribunal de Contas do Estado. Por outro lado, beneficiários perderiam um direito pelo qual pagaram e que foi adquirido há décadas – alguns têm idade avançada e passam por tratamentos caros de saúde custeados pelo IPMJ.
Oito meses de atraso
O projeto foi apresentado pelo ex-prefeito Rafael Agostini e seria votado ainda em dezembro de 2020, mas a tomada de decisão continua sendo adiada. Para tentar um acordo entre os parlamentares sobre a votação, duas reuniões foram realizadas nesta segunda-feira, uma delas com a presença da base governista junto ao prefeito Ivan Cassaro. O chefe do executivo teria se mostrado a favor da extinção, embora não tenha se manifestado formalmente sobre o assunto até agora.
Beneficiários protestam
Sob pressão exercida por beneficiários do IPMJ e seus familiares, vereadores dizem que faltam informações mais detalhadas, como por exemplo, o número de pessoas atendidas e os pormenores dos gastos. Ao comentar rapidamente o assunto, João Brandão foi taxativo: “da semana que vem não passa”.