A morte do policial militar Cabo Marcelo Gardinal, assassinado a tiros por criminosos em fevereiro de 2019, foi esclarecida pela Delegacia de Investigações Gerais de Jaú. Na ocasião, o PM combatia o assalto a uma agência bancária em Dois Córregos, quando foi atingido fatalmente por disparos de fuzil AR-15: cabeça, perna e braço.
Desde que iniciou as investigações, a DIG identificou carros e armamentos utilizados no dia do crime. Exames periciais foram realizados e colaboraram para montar o quebra-cabeças da ação. Disparos foram feitos contra viaturas e diretamente contra outros policiais, que conseguiram se abrigar a tempo de evitar a morte.
Em fevereiro deste ano, portanto dois anos após o crime, os investigadores de Jaú receberam a informação de que armamentos iguais aos usados em Dois Córregos foram apreendidos na cidade de Monte Mor. Durante o confronto nessa ação, policiais militares atingiram um casal, que morreu no local – o homem, de 45 anos, era um conhecido assaltante de bancos e provável integrante do grupo que participou da morte do Cb Gardinal.
As armas foram trazidas a Jaú, sobretudo os fuzis apreendidos, e periciadas: ficou comprovado que foram usadas no assassinato do policial.
Carros usados no crime
Os veículos utilizados para tentar praticar o assalto a banco em Dois Córregos foram um dos pontos de partida da investigação. Uma KIA Sportage, cor cinza, foi abandonada pela quadrilha numa estrada rural, que liga o município a Brotas. No local, foram encontrados vestígios que indicam uma tentativa de armadilha para matar outros policiais, já que criminosos teriam ficado na espreita. Munições foram encontradas nesse ponto. O veículo, por sua vez, havia sido furtado em Santo André, de um caminhão-cegonha. Também foi comprovada a participação de uma Toytoa Hilux SW4.
Monte Mor
Pode-se dizer que uma das bases do bando era em Monte Mor. Outro suspeito de envolvimento no homicídio de Gardinal é W.A.M.D.S., de 40 anos, que também morreu em confronto com PMs enquanto a investigação sobre o caso de Dois Córregos ainda era realizada. Na casa dele, foram encontrados um fuzil e uma pistola calibre 9 mm.
As diligências comandadas pelo delegado Marcelo Tomaz Góes, responsável pela DIG de Jaú, tiveram sequência. De acordo com ele, ficou comprovado que um outro casal também era integrante da quadrilha: D.M.D.S., homem de 38 anos, e T.M.S.G., mulher de 37. Ambos tiveram as prisões temporárias determinadas pela justiça e foram detidos nesta quinta-feira (22/07), em Hortolândia.
De lá, foram trazidos até a Central de Polícia Judiciária de Jaú, onde serão interrogados sobre detalhes que ainda estão sendo apurados. O envolvimento de outros integrantes também não é descartado.