Luana Granai, jauense, chegou ao The Voice brilhando e deixou os técnicos boquiabertos, logo na sua primeira apresentação (3), ao cantar Flamingos, do Baco Exu do Blues. Com todas as cadeiras viradas, ela escolheu o time de Lulu Santos. Para a batalha musical, a escolha do técnico foi a música Tangerina, de Tiago Iorc e Duda Beat. Com uma apresentação impecável e talento de sobra, Luana foi escolhida para seguir no programa e avançar a fase.
Aos 24 anos, a cantora além de ser apaixonada pela música, complementa sua renda com o trabalho de cabeleireira e artesã, respirando arte. Canta desde criança, começou na igreja, mas trabalha se apresentando ao público há apenas dois anos.
Apresentação 3/11
Confira a entrevista exclusiva do DDJ com Luana Granai
Qual a maior lembrança que tem de Jaú?
Apesar de não estar mais morando na cidade (se mudou para Assis devido a pandemia), morei a vida toda em Jaú. Tenho muitas lembranças boas na cidade, mas as que guardo com muito carinho são das tardes que brincava na pracinha do Jd. Olímpia, bairro que morei a maior parte da infância e adolescência. Eu já fiz muito “show” ali quando criança.
O que te encantou na música?
Apesar de só começar a trabalhar com música em 2019, eu comecei a cantar muito nova, aos 3 anos já arriscava um Mamonas Assassinas com meu tio que tocava guitarra (risos). Gosto da comoção da música, do poder que ela nos dá de comunicação, de agregação e liberdade .
Quem, nessa trajetória, marcou a sua vida e te amadureceu profissionalmente e pessoalmente?
Embora eu tenha começado há pouco tempo a cantar profissionalmente, quando me posicionei tudo aconteceu muito rápido. Deus colocou as pessoas certas no meu caminho. Mas teve uma peça muito importante nesse “start”, uma grande amiga que me levou até o palco pela primeira vez: Juh Manfrin.
Eu aprendi muito com ela na noite em barzinhos. Ela me levava aos shows dela, me chamava para participar… Foi muito especial. Aprendi algo muito substancial com ela também: a força. Essa vida de cantar à noite nem sempre é gentil, tem muito preconceito, muito assédio, e eu aprendi com ela como me defender de falas abusivas que muitas vezes são veladas pelo cenário machista que circunda uma artista mulher.
Como foi ser escolhida para participar do The Voice?
Ser escolhida para estar no The Voice Brasil é a realização de um sonho e a consolidação da minha carreira .
Se você tivesse que escolher duas músicas: uma para marcar sua trajetória de vida e outra que mostrasse o seu sonho, quais seriam elas?
Eu ouvi e ouço tanta música no meu dia a dia… Para cada situação eu tenho uma playlist (risos). Mas se eu tivesse que escolher uma música para marcar minha trajetória seria “AmaRelo”, do Emicida. Essa canção foi a última que ouvi antes de subir no palco do The Voice Brasil. E se eu fosse escolher outra música para sintetizar meu sonho seria “Como nossos Pais”, do Belchior, pois meu desejo e sonho é ver o povo para frente, ativo, incomodado, reflexivo, querendo mais! Mais de si, mais do governo, mais da vida!