Durante a última sessão da Câmara Municipal de Jaú, havia grande expectativa sobre a repercussão que o caso Ton Borges ganharia. Contudo, o vereador responsável pela Procuradoria Especial da Mulher na Casa, Maurílio Moretti, não se pronunciou diretamente sobre essa situação.
Então secretário de Cultura, Ton Borges pediu exoneração do cargo pouco antes do início da sessão. Era o desfecho de uma crise aberta na semana anterior, depois que uma postagem misógina, com claro ataque às mulheres, foi publicada na página dele no Facebook. De acordo com o vereador José Carlos Borgo, Borges havia sido nomeado para o cargo após indicação de Maurílio Moretti.
“O senhor, Moretti, deveria vir a público e pedir desculpas. O senhor deveria ter vergonha de se omitir e ficar quieto diante da publicação que o Ton Borges fez no perfil dele. Deveria renunciar ao cargo (de Procurador Especial da Mulher). O senhor não representa minhas filhas, nem minha namorada”, desabafou Borgo, que ainda alfinetou no final: “o senhor é bom de gogó; é bom de bico, mas não bica. O senhor é bom de conversa e pensa que os outros são trouxas”.
O presidente da Câmara, João Brandão, tentou acalmar os ânimos logo na sequência. Disse que não tinha “procuração para defender” Moretti e que acreditava que Ton Borges não havia sido uma indicação do colega. Cobrado, o presidente ainda ressaltou que Maurílio Moretti é o Procurador Especial da Mulher na Câmara, porque tem uma assessora qualificada para tratar dessas questões.