O antigo lixão de Jaú, que tem autorização para funcionar apenas como área de transbordo do lixo, apresenta acúmulo de materiais e pode gerar multa da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) contra a Prefeitura. A denúncia foi apresentada pelo vereador Luizinho Andretto durante a última sessão da Câmara Municipal. Além disso, a situação também já consta em notificação do TCE (Tribunal de Contas do Estado), que verificou o problema e cobrou providências.
De acordo com o vereador, o contrato firmado entre a Prefeitura e a empresa terceirizada que realiza o serviço prevê que todo o lixo depositado no local seja removido em até 24 horas e levado até um aterro particular. Contudo, durante seu pronunciamento, Andretto demonstrou que o material se acumula por um longo período, atraindo urubus e gerando grande volume de chorume (líquido contaminado, proveniente da decomposição do lixo orgânico).
O atual contrato foi homologado no dia 27 de janeiro, uma vez que até então o trabalho era realizado por uma outra empresa. Atualmente, a cidade produz cerca de três mil toneladas de lixo ao mês; o custo para remoção do material é de quase R$3 milhões ao ano.
Um requerimento foi apresentado pelo parlamentar, solicitando informações à Prefeitura. “A gente quer saber como funcionava com a outra empresa. Era fiscalizado? Tem laudo da Cetesb para ficar desse jeito agora? Se for só para transbordo, a Cetesb vai acabar multando”, alerta Luizinho Andretto. Ele afirma que economia de recursos na execução de serviços públicos é importante, mas é fundamental pensar na qualidade do trabalho prestado.