Com aumento acumulado em 42% nos últimos quatro anos, a tarifa de água em Jaú deve subir mais 24,3% ao final de 2021. Alvo de críticas entre moradores e políticos da cidade, o preço da água é calculado com base em contrato assinado entre a Concessionária Águas de Jahu e a Prefeitura, ainda na gestão do ex-prefeito Rafael Agostini. O valor leva em conta a inflação e o chamado “reequilíbrio financeiro do contrato”.
O pedido para um novo aumento foi apresentado pela empresa ao Saemja, agência reguladora do serviço. Na manhã desta quinta-feira (11/11), o Ivan Cassaro recebeu representantes da Águas de Jahu no salão nobre da Prefeitura.
“Após a explicação dos executivos, o prefeito ponderou que, considerando o cenário econômico de momento e os impactos diretos nas finanças da população, não pode aceitar o reajuste percentual proposto e solicitou que a concessionária realize novos estudos sobre o tema”, explica nota divulgada pelo executivo.
Acima da inflação
Em 2020, por exemplo, a inflação auferida pelo IPCA foi de 4,5%, mas o preço do serviço em Jaú ficou 10,6%. A empresa alega que são calculados também índices de mão de obra, energia elétrica e produtos químicos, dentre outros. Caso o novo reajuste ocorra, o jauense acumulará um aumento de 66% em cinco anos, sendo que a inflação no mesmo período foi de aproximadamente 25%.
Como evitar?
Nos bastidores, aliados de Ivan Cassaro atuam para conseguir impedir a aplicação de novos preços, mas falam em três possibilidades principais. Uma delas, seria algum erro de cálculo da concessionária, o que é praticamente descartado. A segunda seria convencer os executivos a fazerem uma readequação do percentual. A terceira e já propagada pelo grupo passa pelo setor jurídico, que poderia tentar barrar o aumento na justiça ou trabalhar para um rompimento de contrato.